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Conteúdos

A poética de Carolina Maria de Jesus

Por Taila Costa e Roberta Roque

O episódio A poética de Carolina Maria de Jesus apresentará os desdobramentos de uma Sequência Didática desenvolvida com uma turma do 8º ano, no Colégio Madre Cabrini, em São Paulo (2023). 


Apresentação da autora e contextualização da obra Quarto de despejo: diário de uma favelada.
A escrevivência de Carolina Maria de Jesus.
A poética  de Carolina Maria de Jesus na escola: apresentação do desenvolvimento da pesquisa de campo: sequência didática.

Um corpo entre a palavra e a imagem- uma leitura da obra O Diário de Frida Kahlo: Um Autorretrato Íntimo

Por Fernanda F. Duvanel e Erika S. Santos

Apresentação da obra: informações técnicas e apreciação.
Apresentação de Frida Kahlo: vida e obra da artista.
Análise: como se dá o encontro entre a palavra e a imagem (o hibridismo entre artes) no diário. 
Análise: como a materialidade do livro atua na construção de sentido da obra pelo leitor. 
Análise: corpo-território – o processo de construção identitária da (artista) mexicana.

Colóquio “Mulheres escritoras, escritoras mulheres”

Parte 2: Mercado Literário e Editorial

A professora Ana Elisa Ribeiro falou o trabalho que desenvolve, na universidade, de resgate de escritoras esquecidas e na edição de escritoras mulheres.
A professora Lucineide Vieira iniciou sua fala com uma apresentação em cordel. Ela destacou seu ativismo e ideias que compartilha, num grupo coletivo literário, a escrita feminina no universo do cordel.

Colóquio “Mulheres escritoras, escritoras mulheres”

Parte 1: Feminismo e cânone

A professora Walnice Nogueira Galvão iniciou sua fala exaltando a coragem de Lígia Fagundes Telles em publicar o romance As Meninas, onde três mulheres são protagonistas, discutem política e fazem uma crítica ferrenha à ditadura militar; uma rara e perigosa forma de luta na época: colocar a ditadura militar dentro de um livro, ainda mais escrito e protagonizado por uma mulher.
A poeta e escritora Elem Lima Wassu, entre outros temas, falou sobre a noção de corpo e território no meio indígena; sobre a violação desse corpo, espírito e território, além de mencionar a marcha das mulheres indígenas como uma ferramenta de luta contra essa violação sistemática. Sua fala fez lembrar o antropocentrismo.
Uma breve explicação:

Travessias literárias: do corpo que escreve ao corpo que lê – Mesa 1

A obra literária se realiza através do seu suporte, o livro. Neste contexto, o gesto da criação literária se dá como parte de um conjunto de outras ações que perpassam pela autoria do texto literário, concepção de livro, edição e publicação, tendo como resultado a obra para a pessoa leitora. Nesse contexto, como esta cadeia produtiva se apresenta diante do cenário literário brasileiro nas perspectivas ecologia, livro-objeto e feminismo? O Seminário Travessias Literárias: do corpo que escreve ao corpo que lê pretende discutir e refletir sobre o livro no que se refere a criação literária, editoração e leituras, por três caminhos distintos: Ecologia, Livro-Objeto e Feminismo. Para tanto, o evento contará com três mesas: Ecossistemas, Percursos e Humanidades em que autores, editores, livreiros e pesquisadores serão convidados a partilharem as suas experiências e pesquisas em torno do cenário literário brasileiro da atualidade. Como bússola, os pressupostos teóricos acerca da Literatura e ecologia decolonial de Maria Mendes (2020) e Malcom Ferdinand (2022), o processo editorial de elaboração de um livro e suas etapas proposto por Roger Chartier (2014), o conceito de Tempo Espiralar proposto por Leda Maria Martins (2021) e de territorialidade proposto por Geovana Quinalha Oliveira (2019).

Cartas para a minha mãe, de Teresa Cardenas

O projeto de leitura do livro Cartas para a minha mãe, da autora cubana Teresa Cárdenas, foi realizado nos anos finais do ensino fundamental pela Patrícia, que é Professora de Língua Portuguesa dos 8º anos na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor João Toledo, localizada em Cerquilho (SP).

A história tem como protagonista uma menina negra, que começa a escrever cartas para sua falecida mãe como uma forma de desabafo perante as dificuldades que sofre, como solidão e racismo. 

O projeto foi realizado em sala de aula durante o mês de setembro e, após sua conclusão, foi feita uma roda de conversa com os alunos propondo reflexões sobre temas como discriminação racial, luto, abuso sexual, violência doméstica e problemas de relacionamento com a família.  

Os alunos também assistiram a um vídeo com a autora da obra, Teresa Cárdenas, em que fala em uma entrevista sobre a importância da escrita feminina e da representação de mulheres negras na literatura, pois o motivo que fez com que começasse a escrever foi justamente a falta dela.

Foram feitos registros destes momentos por meio de fotos, atividades escritas e vídeos realizados com depoimentos de alguns dos alunos, sob orientação da professora.

Sinopse do livro:

Uma menina escreve cartas para sua mãe morta. Por meio delas ficamos sabendo que teve que ir morar com a tia e as primas, que não gostam dela. Não se cansam de lembrar que deveria fazer um esforço para disfarçar sua cor e ficar mais parecida com uma pessoa branca. Sua avó está sempre desgostosa, com ela e com a vida em geral. Mas a autora das cartas começa lentamente a descobrir um mundo além de seus problemas familiares. À medida que faz amigos — entre outros, um jovem que também tem problemas com a família e uma velha que é ao mesmo tempo jardineira e bruxa — suas feridas começam a cicatrizar. A menina fica cada vez mais forte, consegue ganhar o respeito dos outros e aprende a aceitar a si mesma e aos outros. Este é um romance emocionante sobre perdas irreparáveis e sobre o poder restaurador do amor e do autorrespeito. Ambientada em Cuba, a narrativa desafia nossas crenças sobre essa ilha que, afinal, conhecemos tão pouco.

Atividade dos alunos

Caderno de memórias coloniais

Cadernos de nós: leituras de mundo sob a luz de obra de autoficção de Isabela Figueiredo.

Este projeto tem por objetivo pensar a Literatura como forma de Inclusão Social para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a partir de práticas de Tertúlias Literárias com a obra autoficcional Caderno de memórias coloniais (2015), de Isabela Figueiredo. A proposta é estabelecer um diálogo entre as experiências de vida dos alunos (leitura de mundo) e a experiência da leitura (leitura da palavra) de uma produção literária moçambicana contemporânea, que retrata, de modo subjetivo, pontos e aspectos da infância e da adolescência da autora em meio às brutalidades do colonialismo, entre questões sociais, raciais e de gênero.